quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

PRONUNCIAMENTO DO DEP GERALDO SIMÕES



Brasília, 04 de novembro de 2012.

A decisão de fechamento da Azaléia na Bahia tem causado grande alvoroço na região. Está sendo anunciado, pela direção da empresa Vulcabrás/Azaléia, o fechamento de 12 unidades industriais, nos municípios de Itapetinga, Itororó, Macarani, Caatiba, Firmino Alves e Itambé.

Segundo os dirigentes da empresa, que já demitiu milhares de trabalhadores desde 2010, com o objetivo de reduzir custos para fazer frente à concorrência internacional, principalmente, frente ao dumping exercido pelos calçados chineses, o fechamento se deve a impossibilidade de seguir trabalhando no prejuízo.


Essa situação exige que a empresa racionalize custo e mude sua organização produtiva, afirmam. Com este argumento justificam o fechamento das fábricas e demissões.


No entanto, Senhor Presidente, considero a posição da nova direção da empresa precipitada e não leva em conta a situação das famílias dos trabalhadores e da população da região. As pessoas não podem ser tratadas simplesmente como números, como valores monetários, como simplesmente fonte de lucro. No momento em que dão lucro, são requisitadas, mas na crise, são simplesmente descartadas. São vidas de milhares de seres humanos que estão em questão. As pessoas não podem ser simplesmente dispensadas ao não ser obtido o lucro ou a rentabilidade esperada.


Aproveito para fazer um apelo aos dirigentes da empresa para que tenham a sensibilidade de buscar, em parceria com os Governos Estadual, Federal e Municipais, com os Sindicatos e trabalhadores, uma solução que atenda ao interesse de todos. Principalmente uma solução que não penalize aos trabalhadores e suas famílias.


O fechamento das 12 fábricas levaria a região sul da Bahia a perder mais de 4.000 empregos, com repercussão direta na qualidade de vida das famílias dos desempregados e com efeito desastroso que se estenderia por toda a economia.


Por outro lado, medidas antidumping já foram pensadas (aventadas) pelo Governo do Estado e discutidas com o Governo Federal. No entanto, não houve um avanço efetivo em sua aplicação, de maneira a garantir o emprego.


Buscando uma solução urgente ao problema, tomei a iniciativa de solicitar uma audiência urgente com o Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, com o objetivo de decidirmos medidas imediatas e efetivas para evitar as demissões.


GERALDO SIMÕES

Deputado Federal PT/BA