O atacante Alex Alves, de 37 anos, que fez sucesso por vários clubes
brasileiros, morreu às 8h40 desta quarta-feira (14) no Hospital Amaral
Carvalho em Jaú (SP). Ele fazia tratamento no local contra uma doença na
medula que atrapalhava a produção de sangue, chamada Hemoglobinúria
paroxística noturna.
A doença se manifestou em 2007, mas só em setembro deste ano ele foi
internado para o tratamento e chegou a fazer um transplante de medula no
mês passado, cujo doador foi o irmão.
Mas não apresentou evolução após o procedimento e a causa da morte
foi “doença do enxerto contra o hospedeiro aguda”, que é uma forma de
agressão da medula do doador contra o órgão do receptor. Essa agressão
atingiu pele, fígado e intestino.
De acordo com a assessoria do hospital, a família do jogador não quer se manifestar sobre ocorrido.
- Ele brigou heroicamente, foi colaborativo em todos os aspectos, mas
teve muitas dificuldades. O transplante foi um sucesso, a medula se
recuperou, mas essa mesma medula causou a rejeição ao corpo dele –
afirmou o oncologista do hospital Amaral Carvalho, Mair Pedro de Souza.
Carreira
Alex Alves não defendia um clube profissional desde 2010, quando vestiu a
camisa do União Rondonópolis, do Mato Grosso, mas nunca chegou a
anunciar o fim de sua carreira. Revelado nas categorias de base do
Vitória, Alex se destacou não só pelo bom futebol, marcado por
arrancadas velozes e oportunismo na área, mas também pelos cuidados com a
beleza, que o transformaram no primeiro jogador brasileiro a ser
reconhecido como “metrossexual”, na linha do craque inglês David
Beckham.
Além do Vitória, defendeu também Palmeiras, Portuguesa, Cruzeiro,
Hertha Berlim, Atlético-MG, Vasco, Boavista, Fortaleza, Kavala, da
Grécia, e União Rondonópolis. No currículo, tem a Libertadores de 1997,
pelo Cruzeiro, e o Brasileiro de 1994, como reserva do Palmeiras, além
dos vices nacionais por Vitória, em 1993, Portuguesa, em 1996, e
Cruzeiro, em 1998. Ele foi casado com Nádia França, modelo que também
namorou Ronaldo Fenômeno, e teve uma filha com ela.
GloboEsporte